Tampynha

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sábado, 11 de dezembro de 2010

POEMA - Penumbra


Transpiro saudade pelos ossos
A face pálida, por vezes rubra
Denuncia a penumbra
E o sofrimento nos meus olhos

Por que não cala-te
E adormece nesse peito?
Ó! Espectro de luz...
Carrasco do meu silêncio

Leva! Afasta de mim
Os vestígios dessa lembrança
De quem chora pela ausência
E teme pela distância

Porque minha alma
Não suporta tanta angústia
Porque meu lamento
Aos teus ouvidos é música

E aqui nesse claustro
Prisioneiro de mim mesmo
Me desfaço com o medo
Enlouqueço... Adormeço...

Por que tu és fogo que não arde
És paisagem fria e morta
És saudade que me invade
Destrói... Devora...

Não lembro quantos sorrisos
Cabiam em meu rosto
Tanto ardor! E quanto desejo!
Mas tu levaste todos...

Se Deus soubesse
Da minha existência
Não iria permitir
Tuas ofensas...

Por que me torturas
E não me condena?
Por que não me abandona
E me deixa morrer de tristeza?

Meu corpo é meu templo
É o resto em ruínas
É esquife do espírito
Que renuncia à vida...

Tu és a voz profana
Que ecoa em meus ouvidos
É a noite, é meu drama
Meu ritual de suicídio

Transpiro saudade pelos ossos
A face pálida, por vezes rubra
Denuncia a penumbra
E o sofrimento nos meus olhos...

Autor: Rodrigo Q.
Site: http://www.spectrumgothic.com.br/

2 comentários:

  1. Lindo poema. Um pouco dramático mais é belo com as palavras.
    Já estou seguindo seu Blog se puder segue o meu.
    http://semfreiosblog.blogspot.com

    #Beijos e sucesso

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  2. Minha irmã vai pirar quando ela ler ...

    To aconpanhado aqui. se puder seguir.
    Blog bem bacana... o meu eh http://caiiosoouza.blogspot.com > Textos !
    Beijo !

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